Vista panorâmica da cidade de Québec

terça-feira, 31 de março de 2015

Um mês em Montreal e uma dica legal

Oláaaaaaa, Diário,

O tempo passa bem rápido não é? Parece que foi ontem que estávamos no aeroporto.
Já fizemos muitas coisas em um mês e algumas delas já compartilhei em post anteriores, mas gostaria de dividir com vocês uma dica bem útil para aqueles que desejam economizar menos com frutas e verduras.

Descobrimos aqui através do nosso amigo Marcio Siqueira uma associação chamada Bonne Boîte Bonne Bóuffe.



Esta instituição funciona como um intermediário entre o comerciante e o interessado na compra. 

O comerciante que vende frutas e verduras disponibiliza seus produtos para venda em uma quantidade reduzida, por encomenda e com um preço menor.

O interessado em comprar por sua vez, deverá ir ao local se cadastrar, escolher o tipo de "caixa" que deseja receber e pagar antecipadamente. Essas caixas são encomendadas e já separadas por pessoa.

A caixa que eu me refiro está disponível em três tamanhos, pequena, média e grande e em cada caixa vem uma quantidade específica de verduras e frutas mas, vale lembrar, que os produtos alteram de acordo com a época do ano.

Nós achamos super vantajoso pois aqui frutas e verduras não são tão baratas. Escolhemos o tamanho médio e recebemos uma quantidade razoável de produtos em ótimo estado e por um bom preço, apenas 11 dólares. Recomendo ir até o local com um carrinho de feira, daqueles que levamos para o supermercado, para poder carregar os produtos.


Espero que tenham gostado da dica e até o próximo post.
Um agradecimento especial ao nosso amigo Márcio Siqueira!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Supermercados e novos sabores em Montreal

Primeira visita ao supermercado
Boa noite Diário,

Vamos falar de comida?!
Quando estava no Brasil, tinha muita curiosidade pra saber sobre os preços dos alimentos, marcas e tipos de produtos. Pois bem, agora estou eu aqui falando um pouco das minhas impressões.

De um modo geral não tenho achado o preço dos alimentos baratos, até porque ainda gastamos em real e fazemos o tempo todo a conversão em dólares, e para cada dólar vão quase três reais e será assim ainda por um tempo..

Morando no centro percebi que as coisas também são mais caras, incluindo supermercados, mas é só se afastar um pouco e logo encontramos preços melhores.





Dentre eles; 

1. Provigo
É um dos mais caros, na minha opinião, mas tem uma certa variedade de alimentos e alguns produtos só encontrei lá; 

2. Economaxi e Maxi 
Foram os melhores na minha opinião, são bem parecidos com o nosso Bompreço, e Atacadão, tem muita variedade, vende em atacado e bons preços; 

3. Walmart
É o nosso Hiperbompreço e Extra, também com muita variedade e preços atraentes, o legal é que você também encontra produtos diversos, então se quiser aproveitar, além de abastecer a geladeira ainda pode comprar roupa e artigos para a casa.

4. IGA
Conheci dentro de uma estação de metrô e lembra um pouco a Casa dos Frios em Recife, bem, foi essa a minha impressão, e não achei baratinho não;  

5. Dolorama
Apesar de não ser considerado um supermercado, lá também vende algum produto alimentício, mas não existe variedade, nem quantidade e a qualidade também não é boa, apesar do bom preço.

Esses foram alguns lugares que fui nestas três semanas que estamos por aqui, vale salientar que estas foram as MINHAS impressões tendo com referencia os preços do Brasil e meu hábitos alimentares. Ainda não fui a um mercado público, mas em breve conhecerei e relato pra vocês.

Vou deixar uma dica legal e muito útil. Aqui você pode receber em sua casa circulares destes supermercados e poder comparar e escolher os melhores preços, por isso deixo pra vocês um site bem bacana, é só entrar e se cadastrar ou se desejar, apenas visitar os anúncios online.

Site:

A respeito dos sabores, já adianto que a variedade é imensa. 
Você pode viajar por vários países experimentando seus pratos numa única refeição. No entanto, não vi tantas praças ou centros de alimentação. Existe ruas famosas com grandes restaurantes, outras não tão famosas mas com bastante opções, a Rue Ste. Catharine, por exemplo.

Já experimentamos comida mexicana, árabe, chinesa, japonesa, grega, indiana e os famosos fast-food americanos. Ainda não conhecemos o popular Poutine, mas temos curiosidade. Mas o que tem me roubado a atenção, é a quantidade de orientais e portanto restaurantes orientais por aqui. 
Gente, são muuuuuitos restaurantes, é uma coisa assustadora de verdade. Quando comemos fora de casa, gastamos em média 10 dólares por pessoa e, apesar da grande quantidade de pimenta e temperos, gostei muito da comida indiana, além de terem os melhores preços, hihihihi, ai minha pobreza.
Ah, não sei se é impressão minha, mas acho que o sal daqui não salga e o açúcar não adoça (...)

Acho que árabe

Grego

Rodízio de Sushi

Japonês

Mexicano

Em casa tenho tentado fazer o mesmo que fazia no Brasil, aliás adoro cozinhar.  Procuramos muito e só agora compramos uma panela de pressão para fazer o meu querido feijão, com o meu temperinho.

Já encontramos batata doce e macaxeira, mas ainda não comprei. Os abacates aqui tem o mesmo sabor do Brasil, mas são bem menores. As verduras e frutas são enormes, coloridas e de sabor forte. Me surpreendeu o quão doce é o abacaxi e o morango, na verdade, morangão, além de deliciosos são gigantes, tenho me sentido na terra de Canaã, kkkkkkk

cebolas e batatas (bem grandes)

Sucrilhos

Batata doce e macaxeira

maçãs, parecem enceradas

Morangões

Massa para bolos

pimentões

As carnes brancas e vermelhas são caras e achei o peixe mais barato por aqui, especialmente salmão. O leite e seus derivados também não ficam atrás, são bem caros, porém se você gosta de queijos, enlouquecerá com a rica variedade e importados, Chechus
Não gosto muito de leite, mas viciei num leitinho daqui, huuuuuum, delícia com sucrílhos. 

Ah, já tomamos o famoso café da Tim Hortons e recomendo o Vanilla, gostoso, barato e viciante.



Estão com água na boca? Kkkkkkkkk
Por hoje é só pessoal, próximo post tenho uma dica bem legal, ainda com relação a alimentação.
Até a próxima!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Primeira semana - Francisação, cidade e frio

Boa noite Diário,

Ainda falando sobre a nossa primeira semana, posso dizer que foi intensa e produtiva.

Contei no post passado que já fomos ao Assurance Maladie, já estamos com o nosso número do NAS e já nos inscrevemos na biblioteca e na Francisação.

Local onde nos inscrevemos para Francisação
Sobre a Francisação tivemos uma grata surpresa.
Em menos de quatro dias, uma senhora nos ligou para agendar nossas avaliações, então deveríamos comparecer no horário marcado com antecedência. Esperávamos uma carta mas como deixamos também o nosso número de telefone, o contato foi mais eficiente e rápido.

Fomos até o local da Francisação com meia hora de antecedência e logo fomos chamados, primeiro o meu marido e, dez minutos depois, eu.

Entramos numa sala onde haviam vários guichês com entrevistadores. Fomos chamados e cada um foi direcionado para um entrevistador. No meu caso foi uma moça muito simpática, ela começou a conversar comigo em francês fazendo primeiro perguntas básicas como; o meu nome, nacionalidade, idade e depois me perguntou sobre o que eu fazia no Brasil, por que escolhi Montreal e o bairro que eu morava atualmente. Perguntou o que fizemos durante a semana e o que estamos achando da cidade, enfim, foi um bate-papo descontraído. Algumas vezes não entendia o que ela dizia, mas logo repetia e com isso me deixou muito tranquila. A entrevista durou uns dez minutinhos e depois ela me encaminhou para uma outra sala na qual eu faria uma redação.

A redação é feita em uma folha simples com quartorze linhas e com um tema. O meu tema era simples, eu precisava relatar uma situação em meu trabalho. O do meu marido também foi um tema na sua área, mas ele contou pelo menos umas vinte e cinco linhas. A redação deveria ser feita em dez minutos e foi o bastante.

Depois que terminamos voltamos para o guichê inicial com os nossos entrevistadores. Eles corrigiram o texto na nossa frente e nos explicaram em que nível ficaríamos e um provável lugar onde estudaremos, baseado na localização que moramos.

Meu marido ficou na turma avançada e eu intermediária, mas uma grande surpresa ainda estava para acontecer. Nós pedimos o curso de tempo integral, ou seja, seis horas por dia, de segunda a sexta. Para este grupo a data prevista para começar é dia 28 de abril, e por isso ficaríamos sem estudar até lá, maaaaas, fomos surpreendidos pelo entrevistador do meu marido que nos perguntou se desejávamos entrar provisoriamente na turma parcial, cujas aulas começarão dia 7 de abril, e claro, logo aceitamos.

No entanto, nós não receberemos nenhuma ajuda financeira por estarmos nesta turma, seria apenas para não ficarmos sem fazer nada até o dia 28 de abril e desenferrujar o nosso francês. Deste modo, começaremos numa turma de horário parcial e depois passaremos para a nossa turma de horário pleno e ai sim, receberemos ajuda financeira do governo. 

Aaaaaaah, mas a grande surpresa foi o entrevistador nos surpreender falando perfeitamente português, isso mesmo! Ele é um canadense que estuda português e viajou ao Brasil, e adivinhem o lugar que ele visitou? ...Recife! A minha cidade natal! Perfeito! 

Ainda sobre a Francisação de tempo pleno, receberemos uma carta que nos informará a escola e o local onde estudaremos e outros detalhes sobre o curso. Não sabemos de quanto será a ajuda do governo e nem lembrei de perguntar, mas assim que soubermos informaremos para vocês.

Com relação a cidade, o que posso dizer a princípio é que estamos bem no coração de Montreal, uma região universitária e bem movimentada. Ainda tem neve pelas ruas apesar de alguns dias com temperaturas positivas.

Antes da tempestade de neve
Depois da tempestade de neve

A minha impressão inicial talvez decepcione alguns, mas não achei a cidade tão bonita, talvez seja por morarmos bem no centro, ou porque a neve e a lama ainda cobrem a cidade, ou até mesmo por não estarmos "turistando", então andamos pelos mesmo lugares.

No entanto, vejo muito lixo pelas ruas, especialmente bituca de cigarro e copos de café, pichação em alguns prédios e metrô, além de muitos  moradores de rua.

Gente, na boa, nunca vi tantos pedintes de rua, inclusive fomos abordados por pelo menos uns quatro, e eles estão por toda parte, nas avenidas, nos metrôs e nos parques, mas a parte que mais detestei da cidade, sem dúvida, foi a quantidade de gente que fuma. Justamente por não poderem fumar dentro dos estabelecimentos eles ficam na rua fumando enquanto você passa e leva aquela baforada de cigarro na sua cara. Acho que temos sofrido mais com o cigarro do que com o frio em si, especialmente meu marido que é asmático. Cigarro foi a única coisa que detestei quando viajamos à Paris, será que é coisa de francófono?!

Estamos adorando o transporte público e super funciona, este merecerá um post à parte.

Com relação ao frio, estamos nos adaptando. A variação de temperatura é muito grande, de -14º até 8º, foi o que já pegamos por aqui e sabemos que isso não é nada comparado as baixas temperaturas no inverno. A neve derrete e deixa muita lama pelas ruas, bem chato de andar as vezes.

O frio em si não é tão difícil, até vir aquele vento da moléstia na sua cara. Temos sentido muito a baixa umidade do ar, hoje estava em 25% e meu nariz não aguenta. Meu nariz tem sangrado diariamente e dizem que é normal e que logo me acostumarei. Estou usando um gel hidratante e vamos comprar um umidificador, mas isso também é superável, eu espero.

Esta semana descobrimos que não vendem nebulizadores por aqui, então se você utiliza um no Brasil traga o seu na mala. Pediremos para uma amiga trazer para nós.

Já pegamos a nossa primeira tempestade de neve e só sofremos um pouco com o vento e a neve que caia direto no olho, mas já resolvemos o problema, comprando um casaco próprio para neve, com uma "frescurinha" no capuz que impede a ação do vento e da neve.

Exatamente os casacos que compramos

















Ah, vale lembrar que estamos na época das promoções de inverno, então nossos casacos custaram cinquenta e setenta dólares e servirão para temperaturas de até -20°, para nós o bastante por enquanto.

No próximo post prometo falar de supermercados, o preço da comida e dos sabores diversos por aqui.

Até mais Diário!

quarta-feira, 11 de março de 2015

A primeira semana em Montreal - Documentação e biblioteca

Olá, Diário,

Montreal de cima
Como todo recém chegado, corremos muito em busca de informações, documentos, banco, transporte público, comida e tantas outras coisas fundamentais para a nossa sobrevivência.

Chegamos as onze da manhã do dia três de  março com temperatura média de menos onze. 
Ventava bastante e encontramos ainda muita neve nas ruas e uma mistura de branco e cinza. Fomos logo para o studio que alugamos, demos uma volta no quarteirão sob um frio e vento que assustaram.

Dividimos cada dia com pelo menos dois compromissos, e escolhemos os lugares mais próximos para não perdermos muito tempo em deslocamento.

Primeiro nós fomos a nossa agência HSBC McGill para desbloquearmos os nossos cartões de crédito e termos o nosso primeiro encontro com nosso gerente. Demoramos bastante na agência mas saímos satisfeitos de lá.

Precisamos nos locomover bastante, então compramos passagens para um mês, o que nos custou oitenta e dois dólares para cada, parece muito mas é preciso lembrar que poderemos usar metrô e ônibus por toda a ilha e várias vezes por dia durante o mês. Acho que dá direito a outras coisas também mas ainda vou pesquisar a respeito.

Demos entrada no cartão da Assurance Maladie. Entramos numa fila bem grande, esperamos pelo menos uma hora para sermos chamados num guichê, preenchemos um formulário, mostramos nossos passaportes e esquecemos de novo o contrato, que seria o nosso comprovante de residência....ok, a moça falou que poderíamos enviar via Fax e tava tudo certo. Nossos cartões tem um prazo de até sessenta dias para chegar. Ali mesmo tiramos uma foto para a carteirinha, sendo 10,38$ cada e fomos até o Centre Service Canadá para tirarmos o NAS (Número d'Assurance Sociale)


Dicas:

1. A ordem dos fatores não altera o resultado, tá? Tanto faz você ir no Assurance Maladie ou no NAS primeiro.
2. Observem bem o endereço para não se perderem e olhem no mapa do metrô em que estação você deve descer, pois perdemos muito tempo porque não sabíamos para que lado ir e acabamos indo para o lado oposto da avenida;
3. Lembre-se que o Assurance Maladie fica do lado Oeste e para ir fazer a inscrição para a Francisação fica no sentido oposto da Avenida, ou seja, leste;
4. Dá pra ir andando entre todos estes lugares e se você tiver disposição e sorte conseguirá ir nos três lugares andando, são pelo menos uns dez minutos entre um e outro. 


Endereço:
Assurance Maladie 
425 Boulevard de Maisonneuve O #300,
Montréal, QC H3A 3G5
Telefone:(514) 864-3411
Fica em um prédio no terceiro andar.
Centre Service Canadá
Guy-Favreau Complex, Suite 034
200 René-Lévesque Boulevard West
Montréal, Quebec 


Já conseguimos fazer a nossa inscrição na Francisação, na verdade preenchemos um formulário com endereço, número de NAS, passaporte e algumas poucas perguntas e fomos informados que receberemos uma carta  em até duas semanas.
No entanto, hoje uma moça nos ligou marcando as nossas avaliações, que acontecerão ainda esta semana.

Endereço:
Direction générale des services de participation et d’inclusion 
800, boulevard De Maisonneuve Est, 3e étage, bureau 301
Montréal (Québec)  H2L 4L8


Passamos pela Biblioteca de Montreal (BANQ) e já fizemos os nossos cartões. É bem importante para aqueles que querem estudar e ter acesso a livros, internet, CDs e todo tipo de mídia, informação e suporte para te auxiliar nos estudos. 

Endereço:
BANQ
475, boulevard De Maisonneuve Est
Montréal (Québec) H2L 5C4
Téléphone : 514 873-1100 (région de Montréal)
ou 1 800 363-9028  (d'ailleurs au Québec)
Télécopieur : 514 873-9312
Heures d'ouverture
Le lundi : fermé
Du mardi au jeudi : de 10 h à 22 h
Du vendredi au dimanche : de 10 h à 18 h

Dicas

1. Para fazer o cartão basta o passaporte e comprovante de residência. 
Mas no momento em que a moça iria fazer o meu cartão eu não possuía um comprovante de residencia em meu nome, pois o contrato de aluguel só está no nome do meu marido, isso por que não basta ser casado e morar debaixo do mesmo teto, aqui no Canadá os dois cônjuges precisam ter comprovantes de residência separadamente, ou seja, vamos incluir no contrato o meu nome, porque vai que em outra situação também peçam, né?
De todo modo, como eu tinha o endereço no meu NAS, foi o bastante para servir como comprovante, portanto, se você ainda não tirou seu NAS e quer fazer primeiro seu cartão na Biblioteca terá que ter um comprovante de residencia em seu nome;
2. Ela te dará um cartão e uma senha pessoal em um pedaço de papel, lembre-se de guardar com cuidado.

Nesta primeira semana mesmo com o frio que estava fazendo, resolvemos não comprar roupas já que estamos na reta final do inverno, vamos esperar as promoções, hehehe.
As roupas que levamos usamos em outras viagens em lugares com neve e muito frio, mas mesmo assim estamos reforçando com camadas de blusas e calças. Já os sapatos, nós tínhamos duas botas da Timberland que tem quebrado o galho até agora, o segredo é economizar.



Por falar em economizar, fomos ao supermercado aqui perto e levei um susto com os preços.
Eu sei que não é o ideal você ficar fazendo o câmbio toda vez que comprar, mas pra nós que ainda gastamos em reais é impossível não comparar valores e, sendo bem sincera, eu achei os preços da comida muito parecidos com o Brasil ao transformá-los em reais, claro, deve-se levar em consideração que passei por somente três lojas e estou bem no centro de Montreal.
Nossa primeira feirinha deu uns noventa e quatro dólares e achei razoável.

Nossa primeira feirinha

A primeira feira a gente nunca esquece. Não conhecíamos quase nada e nenhuma marca. E, sinceramente, escolhemos o menor preço, kkkkkk.
Estamos provando todos os sabores e sentindo todos os aromas, no próximo post contarei um pouco destes sabores e cheiros.

Ah, nevou no primeiro dia que chegamos, a primeira neve a gente também nunca esquece.

Até o próximo post.


sexta-feira, 6 de março de 2015

A viagem e a Lei de Murph

Olá Diário,

Finalmente estamos em terras canadenses e escreverei o meu primeiro post relatando como foi a nossa viagem e chegada em Montreal.

Para aqueles que acompanham o nosso Diário, tá ligado que o nosso melhor amigo é Murphy, Rsrsrsrs.

Rapaz, a nossa viagem foi complicada do início até o fim, as vezes me pergunto porque tudo pra nós tem que ser mais difícil, enfim...

A correria começa quando na noite anterior à viagem, estávamos fechando a última mala e faltou energia em todo o bairro, Oi?! 

Exatamente, justo no momento mais tenso e quando mais precisávamos. Eu sabia que a energia demoraria para voltar, já era mais de meia noite e "desmaiei" de sono com a roupa do couro por cima de mala e tudo de troço em cima da cama.

Pela manhã bem cedo, acordei num pulo e corremos para arrumar a última mala, quando percebemos que muita coisa ficou de fora, resolvemos que levaríamos mais uma mala e pagaríamos excesso de bagagem, pois só assim ficaríamos mais tranquilos.

Terminamos de arrumar tudo as 11h30 da manhã e já prontos para sair, meu maridinho procurou por sua carteira que nela estava o seu cartão de crédito internacional, o qual seria usado logo na nossa chegada para pagar o aluguel. 

Todos já estavam no aeroporto enquanto meu pai, meu marido e eu procurávamos desesperadamente a bendita carteira. Tiramos toooodas as malas que já estavam milimetricamente organizadas dentro do carro, abrimos todas elas e as arrumamos de novo. Todos oravam pedindo a Deus que a carteira aparecesse e finalmente após uma hora de busca a encontramos num lugar inusitado e impossível de imaginar, na mochila do meu marido em meio a muitos "cacarecos". Agora faltávamos meia hora para fazermos o check-in e entrarmos na sala de embarque.

Chegamos ao aeroporto do Recife, corremos para o check-in, pagamos 345 reais por uma mala de 28 kg, nos despedimos dos familiares e amigos e corremos para a sala de embarque. Fomos literalmente os últimos a entrar na aeronave, enquanto todos sentados olhavam desconfiados um casal com tanta bagagem e euforia. Resultado; sentamos longe um do outro e já não tinha espaço nos bagageiros para nossas bagagens de mão, incluindo um violão, até que dois comissários resolveram nos ajudar e o violão foi lá na frente próximo ao piloto mesmo, rsrsrsrss.

Chegando em São Paulo, corremos, eu disse CORREMOS para o oooooutro lado do aeroporto de Guarulhos, terminal 3, para fazermos check-in na Air Canadá. 
Depois de muita correria e confusão de placas e informações desencontradas, achamos o stand da Air Canadá e descobrimos que naquele exato momento acontecia o embarque para Toronto. A moça na bancada simplesmente disse: Corraaaaaam! Olhei para o meu marido e gritei: "Corre negadaaaa". Rapaz, o portão de embarque era no fim do mundo, parecia que não chegaríamos nunca e mais uma vez fomos uns dos últimos a embarcar.

E quando tudo parecia tranquilo, já sentados na poltrona....chegou um casal com um bilhete nas mãos dizendo que aqueles lugares onde estávamos eram deles. Como assim?!?!?! De fato, os lugares que havíamos comprado não eram os mesmos e só percebemos ao entrarmos no avião. O que aconteceu foi que trocaram a aeronave e nossos lugares sofreram alterações, até ai tudo bem, se nossos lugares não estivessem bem no meio, ou seja, ficamos centralizados nas três cadeiras no meio da aeronave, o que é terrível pra mim, pois tenho escoliose e para dormir preciso me "escorar" na janela.

Tá, dei um piti com meu marido, tadinho, e senti vontade de chorar, torcendo para que aquele dia terminasse logo, no entanto, percebi que haviam dois lugares justamente ao lado da janela e ao ver que todos já haviam embarcado, demos uma voadora para as cadeiras vagas e viajamos numa boa.

No voo rolou um pouco de turbulência, comida razoável, mas o que me incomodou mesmo foi que mesmo desmaiando de sono não conseguia dormir, aaaah inveja de quem dorme em avião.

Ao chegar em Toronto a correria não acabou. Mais uma vez corremos literalmente pelo aeroporto até chegarmos na aduana e ai começa a melhor parte.  Nos deparamos com uma agente e perguntamos em francês em que fila deveríamos entrar e ela simplesmente não entendeu e nos perguntou se falávamos inglês. What?! Achei aquilo tosco mas tudo bem. Perguntamos em inglês, e entramos na fila, e que fila meu amigo! Fomos recebido por um carinha que olhou nossos passaportes nos perguntou algumas coisas que não lembro mais e nos encaminhou à sala de imigração.

Entramos na sala, pegamos mais uma fila e nos direcionamos a um guichê. O agente olhou nossos passaportes, Certificado de Residente Permanente, CSQ e nos perguntou se já tínhamos um endereço no Canadá, dissemos que sim e ele pediu um comprovante, e meu maridinho esqueceu de imprimir o bendito contrato de aluguel. Oh, Deus! O cara simplesmente sismou conosco e chamou uma tradutora, que por sua vez veio do quinto do inferno, Ohhhh mulher antipática, falava entre os dentes, e revirava os olhos ao falar, deu pra imaginar?

A própria bruxa do 71

O danado é que nós entendíamos tudo o que o agente falava, mas não teve jeito, tínhamos que esperar a doida lá traduzir pra podermos responder, detalhe; tínhamos que responder olhando para ele, enquanto ela traduzia, pois em um momento respondemos olhando pra ela e levamos um fora, houve até uma vez que o agente perguntou algo para o meu marido e eu instintivamente respondi junto com ele, e levei um outro fora da doida, que tocou em meu braço rispidamente e falou: "Não responda, pois a vez é dele responder!" Aff, minha senhora. 

Pra piorar, o agente perguntou quanto tínhamos em dinheiro e ao falar meu maridinho já cansado, confuso e doido pra sair dali respondeu numa quantia em reais, kkkkkkkkkkkkk. 
Rapaz isso deu uma confusão, pois não conseguimos ainda transferir nosso dinheiro para o banco no Canadá, e só tínhamos 1.600 dólares em espécie e meu marido imprimiu um extrato da conta bancária no Brasil, mas lá o valor estava em reais e a doida perguntava em dólares, enquanto meu marido perguntava se o agente teria uma calculadora e sabia quanto tava o câmbio do dia, kkkkkkkkkkkkkkk. 
Gente, só consigo rir de tudo isso agora, porque na hora bateu desespero, ninguém entendia ninguém e a tradutora só fazia piorar a situação, vale salientar que só possuíamos uma hora e meia para embarcarmos no voo para Montreal tá.

Depois de muita confusão de idiomas e cálculos, demos um valor aproximado e partimos para sala de embarque.
Fica a dica: 

1. Se você já possui um contrato de aluguel, leve o endereço e code postal, pois será para este endereço que será enviado o RP;
2. Tenha certeza do valor que você está trazendo em dólar e com comprovante e extrato, pois ele irá pedir, lembrando dos valores mínimos por pessoa.

Mas você acha que Murphy nos deixou? Ao chegarmos na sala de embarque descobrimos que perdemos o voo. Ahahahaha! Quero sentar e chorar por favor!

Entramos em mais uma fila, despachamos as malas e embarcamos após uma hora, e mais uma vez fomos os últimos a entrar e sentamos longe um do outro. Ah, estávamos com um casal de amigos que viajavam conosco desde São paulo e que também perdeu o mesmo voo. 
O triste da história deles é que por estarmos atrasados, eles despacharam suas malas por último e infelizmente  duas de suas malas foram extraviadas, e até o momento não as encontraram (assunto para um próximo post).

Ao chegarmos no aeroporto de Montreal ligamos para o nosso amigo que nos pegaria no aeroporto e ao sairmos levamos um choque, sim, um choque de temperatura, nossas modestas roupas de frio brasileiras não davam conta de um tempinho de nada na rua, enquanto colocávamos nossas malas no carro, neste dia estava com temperatura -11° e ventava muito.

Nosso amigo nos deixou no Studio e tudo o que sentimos foi vontade de deitar na cama e dormir já sem forças, exaustos e super estressados e são nestes momentos de limite extremo, que Deus nos envia amigos que são verdadeiros anjos. 
Nos enviou um amigo para nos buscar no aeroporto com seu carro quentinho e uma pronta ajuda com as malas e telefonemas, e logo depois nos enviou uma amiga com abraços tão calorosos que nos aqueceu naquela manha fria. Além de abraços e muitos conselhos, ela havia comprado uma pequena feirinha com pães, queijo, presunto, suco, e ainda deixou conosco um carrinho de compras que muito tem nos ajudado, sem falar de todo o amor e atenção que tem nos dado. Sorte nossa termos amigos mais chegados que irmão, obrigada Luciana Siqueira e Grimaldo.

No próximo post contarei os nossos primeiros passos na terrinha gelada e nossas primeiras impressões.

Até lá Diário.

domingo, 1 de março de 2015

HSBC: Processo de abertura de conta no Canadá

Olá, Diário,

Já faz um tempo que prometi que escreveria sobre o processo de abertura da nossa conta bancária no Canadá. Esperei que o processo concluísse para contar em um só post todos os detalhes, portanto, se você tiver o interesse de saber como foi o nosso processo de abertura de conta no HSBC Canadá, aviso que este post foi um dos maiores que já escrevi, por isso senta que lá vem a história...




Em primeiro lugar, escolhemos o banco HSBC porque o meu marido possui conta aqui no Brasil desde 1996, e entendemos que quase 20 anos de histórico bancário nos ajudaria na abertura de conta.

Em Setembro de 2014, marcamos o primeiro encontro com a gerente Premier do HSBC para tirarmos nossas dúvidas a respeito da abertura de conta no Canadá, e a conversa rendeu uma tarde inteira.

Muito simpática e informada, a gerente nos aconselhou a ter uma conta conjunta no Brasil, pois a conta canadense seria um "espelho" da conta brasileira, e achamos vantajoso que também tivéssemos uma conta conjunta no Canadá, mas neste dia não estávamos com todos os documentos necessários, então remarcamos o encontro.  

No segundo encontro demos entrada no processo de inclusão do segundo titular para transformar a conta em conjunta e preenchemos vários papéis, cadastros, assinamos, solicitamos o meu cartão de débito, senhas e tudo ocorreu rapidamente.

Em cinco dias se concretizou o processo da conta conjunta e ficamos felizes, já que lemos vários relatos sobre problemas com outras pessoas que tentaram o mesmo.

A gerente nos informou que em até dez dias o meu cartão de débito chegaria em nossa casa, então esperamos pacientemente. Passaram-se dez dias e pensamos que o cartão havia extraviado, no entanto o cartão havia chegado na agência e só ficamos sabendo porque ligamos para termos notícias.

Ao chegarmos na agência, pegamos o meu cartão de débito, testamos minhas senhas e solicitamos por telefone o meu token físico, que por sua vez chegaria na agência em até 21 dias. Após esse prazo, ligamos para a agência e o token já havia chegado, então marcamos um terceiro encontro para ativá-lo, o que foi bem simples e rápido. Lá mesmo testamos minha senha e ficou tudo certo.

Novo token físico HSBC
No quarto encontro, já com a conta conjunta ativa,  entramos oficialmente com o pedido de abertura de conta junto ao IBC Brasil (International Banking Center), um escritório do HSBC em Curitiba. Mais uma vez preenchemos e assinamos alguns papeis e a gerente nos falou que aguardássemos por e-mail o contato do IBC,  já que é esta que intermedia com o HSBC no Canadá. 

Quatro dias depois, recebemos um telefonema e um e-mail com um formulário para preenchermos, imprimirmos e levarmos assinado na agência que, por sua vez, enviaria por malote à Curitiba.

O prazo para preenchimento e envio era de no máximo vinte dias, e meu marido não conseguiu se dedicar inteiramente ao preenchimento do formulário, este era todo em inglês, com várias expressões e jargões bancárias específicas, com quarenta e seis páginas em formato PDF e que de vez em quando fechava sem que ele pudesse salvar o documento.

Mesmo diante das dificuldades, conseguiu concluir um pouco antes dos vinte dias e corremos para a agência afim de que fosse enviado rapidamente ao IBC em Curitiba, pois sabíamos que o malote saia no mesmo dia e levaria no máximo quatro dias para chegar. 

O preenchimento do formulário em si é um post à parte, e não gostaria de me prender em ensinar como preencher o formulário, mas a dica é; tem dúvidas ligue para o IBC, meu marido teve que fazer várias ligações interurbanas pra ter certeza que estava tudo preenchido corretamente.

Depois de termos deixado na agência os formulários já preenchidos, aguardamos um contato direto do IBC sobre a avaliação do nosso dossiê, logo o IBC nos respondeu por e-mail que o nosso processo de abertura foi cancelado porque o prazo de envio havia expirado, mesmo assim a gerente enviou os nossos formulários com um pedido de prioridade e o não encerramento de conta, então o IBC emitiu um novo número de protocolo para só então analisarem o nosso dossiê.

Alguns dias depois recebemos um e-mail diretamente do IBC, nos informando que aqueles formulários estavam desatualizados e nós deveríamos preenchê-los novamente, desta vez numa outra versão mais atualizada. Oi?! Mas já estamos em dezembro!!!

E mais uma vez, meu marido  preencheu o formulário agora numa nova versão, que estava pré-preenchido pelo IBC, contendo algumas das nossas informações do antigo formulário, mas havia alguns erros de digitação e informações equivocadas, sendo necessário um cuidado  redobrado para não enviarmos um formulário errado. Este novo formulário tinha cinquenta e quatro folhas para preencher, revisar e assinar. Com ele requeremos tanto a abertura de conta corrente quanto o cartão de crédito.

Não conhecemos ninguém que tenha obtido o cartão de crédito estando ainda no Brasil, e de fato o formulário pede um endereço canadense para o envio do cartão. Arriscamos preenchendo com o endereço de um amigo que já mora no Canadá, sabendo que no máximo ouviríamos um não.

Voltamos ao banco pela quinta vez com o novo formulário, desta vez atualizado. Revisamos tudo com a nossa gerente que por sua vez o enviou ao IBC pedindo mais uma vez prioridade.

Quatro dias depois, o IBC nos enviou um e-mail dizendo que nossa documentação estava em fase de validação ainda no Brasil e só depois eles enviariam para uma segunda análise no Canadá.

Dez dias depois, recebemos um e-mail e desta vez do HSBC no Canadá, dizendo que nossa conta foi aberta com sucesso e que dentro de dez dias úteis receberíamos nosso pacote de boas vindas.

E o que contém este pacote de boas vindas?

Em primeiro lugar, você receberá manuais de instruções, cartão de débito e talões de cheques. Uma segunda correspondência virá num dia diferente com senhas do seu cartão. Mas no nosso caso, foi um pouco diferente.


A primeira correspondência chegou no endereço canadense que informamos no fomulário e ficamos surpresos ao saber que eram os cartões de crédito! Sim, nós recebemos cartões de crédito e ficamos felizes em saber que logo ao chegarmos  poderemos construir nosso histórico de crédito.


Primeiras correspondências com cartões de crédito e senhas

Mesmo assim ficamos preocupados porque não havíamos recebido a carta tradicional de boas vindas no Brasil, e pensamos que poderia ter sido extraviado ou simplesmente que tudo chegaria no endereço do Canadá, mas três dias após, o pacote de boas vindas chegou ao Brasil.

Pelo visto, nosso histórico de crédito no Brasil fez toda a diferença para obtenção do cartão de crédito canadense, o que é uma benção, pois poderemos construir nosso histórico de crédito assim que chegarmos no Canadá.

Tirei algumas fotos do conteúdo dos envelopes para vocês terem ideia.




Achamos o talão de cheques bem diferente do nosso brasileiro. 
É bem menor e mais simples em seu layout





Por fim, escolhemos uma agência bem central em Montreal perto da estação McGill e já até recebemos um e-mail da nossa gerente lá no Canadá, nos dando as boas vindas e se disponibilizando para o encontro de recepção na agência.

Vista em Google Street View do HSBC McGill


A minha opinião pessoal? Acho que valeu a pena?

Foram quase cinco meses para a finalização do processo de abertura de nossa conta no Canadá, desde a conta conjunta até a chegada de nossos dossiês no Canadá e finalmente a efetivação da abertura de conta. Tivemos alguns contratempos e algumas barreiras burocráticas como tudo no Brasil, mas sinceramente, não nos arrependemos e acho que valerá a pena. A grande surpresa foi ganharmos um cartão de crédito estando ainda no Brasil.

Não somos clientes Premier, somos Advance, mas o processo foi conduzido pela gerente premier, ou seja o cliente Advance também pode abrir conta no Canadá.

Continuaremos com o HSBC no Canadá? 

Sim, desejamos continuar com o HSBC, pois entendemos ser a forma mais prática e barata de transferirmos nosso dinheiro para o Brasil e vice-versa, além disso é um banco presente em quase todos os países no mundo, mas isso não anula a idéia de também abrirmos uma conta num banco canadense, mas isso pensaremos mais a frente, acredito que por hora estamos satisfeitos e esperamos que o nosso relacionamento com o HSBC no Canadá também seja satisfatória.

Lugares em que o HSBC está no Canadá


O próximo post será escrito de terras canadenses, pois viajaremos neste segunda feira.
Obrigada a todos pela torcida e orações, em breve contarei pra vocês nossas primeiras impressões e um pouco sobre a viagem.

E finalmente podemos dizer Au Revoir Brésil!!!!!!


Linda Québec! E o Hotel Château Frontenac