Vista panorâmica da cidade de Québec

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Brasil-Canadá // Um passaporte para o ensino

Foi matéria no caderno EDUCAÇÃO do Diário de Pernambuco de hoje:



"As fronteiras de 250 mil estudantes brasileiros se expandiram a partir de uma parceria que será firmada entre Brasil e Canadá. Os alunos matriculados nos 38 institutos federais - com 280 campus - espalhados pelo país poderão ser beneficiados pelo Convênio Brasil-Canadá, que será assinado, hoje, entre o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e a Association of Canadian Community Colleges (ACCC).


O acordo prevê um intercâmbio entre estudantes dos dois países, possibilitando a brasileiros uma experiência de formação que pode variar de quatro meses a um ano, em uma das aproximadamente 150 escolas técnicas do Canadá.

A parceria é firmada após uma semana de debates e troca de experiência entre gestores canadenses e brasileiros, no 1º Encontro Brasil-Canadá de Educação Profissional e Tecnológica, ocorrido entre os dias 4 e 8 de outubro. Segundo a presidente do Conif, Consuelo Sielski, o objetivo do convênio é aumentar as possibilidades de formação dos estudantes. "Com o convênio, o governo poderá oferecer mais experiência aos estudantes e consolidar a qualidade com um conhecimento único.

A experiência também vai ser um diferencial para a profissão dos estudantes", afirma. Consuelo reforça ainda que o intercâmbio também irá atingir os servidores da educação profissional, com o objetivo de fortalecer áreas de estudo diversas entre os dois países.

Entre as áreas que já despertaram interesse entre os canadenses para a troca de experiência entre alunos e profissionais, estão turismo, gastronomia, agricultura, aeronáutica, telecomunicações, meio ambiente e novas tecnologias, como o estudo do biodiesel. Consuelo explica que, para formar turmas de intercâmbio, os estudantes deverão ser submetidos a avaliações de língua estrangeira e de conteúdo relacionado ao curso de interesse no país parceiro. "Até o final do ano já tem uma turma indo para lá. Os demais intercâmbios vão depender da realidade de cada instituto. Os países vão definir o interesse em fazer o intercâmbio".

O diretor de políticas de educação profissional do Ministério da Educação, Luiz Caldas, é mais cauteloso quanto ao prazo de aplicação das ações provenientes do acordo: "No início do ano que vem, vamos colocar em funcionamento algumas das ações acordadas. Temos que definir, até o final do ano, as áreas e instituições onde irão acontecer a pesquisa e a formação", estima. Caldas explica que o convênio envolve a coordenação direta da Conif, com o apoio e a mediação do ministério.

"O MEC vai garantir que todo e qualquer movimento que se faça na linha de atuação deve ser custeado. Não pode implicar em custo para o estudante e o profissional", enfatiza. O diretor não soube afirmar qual seria o custo do convênio em função das ações que ainda deverão ser firmadas até o final do ano. Em 2003, o orçamento destinado à educação profissional do MEC era de R$ 1,2 bilhões - e R$ 4,9 bilhões em 2010."

Larissa Leite
larissaleite.df@dabr.com.br

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